ARTE NO EGITO ANTIGO
O
Egito é localizado no norte da África e quase todo seu território é ocupado
pelo deserto do Saara, o que faz com a maior parte das terras ocupadas pela
população esteja próxima ao delta do rio Nilo. No passado, os grupos que
habitavam estas regiões formavam aldeias conhecidas como nomos. Cada nomo era
chefiado por um nomarca. Por volta de 3500 a.C. os nomos foram unificados em
dois reinos, o do delta e o do vale do Nilo. Trezentos anos depois, o rei
Menés, conquistou a região do delta formando um reino único. Foi então nomeado
faraó, misto de monarca e chefe religioso. Os faraós governaram o Egito ao
longo de muitas dinastias e sua história inicial se divide em Antigo Império
(3200 a 2300 a.C.), Médio Império (2300 a 1580 a.C.) e Novo Império (1580 a 525
a.C.). Daí em diante o Egito sofreu invasões de povos diversos. Assírios,
persas, macedônios, romanos e árabes. No século XIX tornou-se colônia britânica
e só veio a alcançar sua independência em 1922.
A
arte egípcia tinha função religiosa. Seus feitos principais foram os templos
para diversas divindades e imensos túmulos para os faraós, as pirâmides, sendo
as Gizé as mais conhecidas (Queóps, Quefren e Miquerinos). Acreditavam
na vida após a morte e conservar o corpo e os pertences para a outra vida era
uma preocupação. A pirâmide tinha a função de abrigar e proteger o corpo do
faraó mumificado e seus pertences (jóias, objetos pessoais e outros bens
materiais) dos saqueadores de túmulos. Logo, estas construções tinham que ser
resistentes, protegidas, e de difícil acesso. Os engenheiros, que deviam
guardar os segredos de construção das pirâmides, planejavam armadilhas e acessos
falsos dentro das construções. Tudo era
pensado para que o corpo mumificado do faraó e seus pertences não fossem acessados.
A famosa pintura egípcia retratava os corpos sempre de perfil nas regiões da
cabeça, pernas e pés, no entanto, com tronco e olhos na posição frontal (lei da
frontalidade). A monumental escultura seguia uma hierarquia em que a figura do
faraó devia ser sempre maior que as outras. A Esfinge de Gizé, juntamente com
as pirâmides, é uma das mais famosas construções da arquitetura do Egito
antigo.
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