segunda-feira, 27 de maio de 2013


ARTE NA ANTIGUIDADE GREGA

ESCULTURA
Num primeiro momento, no período geométrico (c. 900-700 a.C.), a escultura se manifestava discretamente, através de estatuetas de pequenas dimensões em bronze e barro, mostrando formas de pessoas e animais.
Em seguida, durante período orientalizante (c.650-600 a.C.), a escultura recebe influência oriental e egípcia e aumenta suas dimensões. Nesta fase se inicia a consolidação de dois modelos formais de grande importância para o subsequente período arcaico: a figura masculina (kouroskouroi no plural) e a feminina (korekorai no plural). No caso das estátuas femininas elas aparecem com longas túnicas, mas nas masculinas a nudez é a regra.
O período arcaico (c. 600-500 a.C.) assistiu à progressiva urbanização da Grécia, passando a cultura se concentrar nas cortes das novas cidades, apólis. A decoração escultórica arquitetônica se tornou mais comum. Entre os materiais, o mármore passou a ocupar um lugar privilegiado. Os kouroi e as korai continuaram sendo as tipologias estatuárias mais destacadas, adquirindo nesta época dimensões gigantescas, ainda que o tamanho natural fosse a praxe. Os kouroi não eram produzidos com fins estéticos, eram oferendas religiosas colocadas em santuários, marcavam a tumba de alguma personalidade ou eram monumentos públicos, e não representavam pessoas individualizadas, sendo antes a corporificação de um ideal de beleza, honra, virtude, piedade ou sacrifício. Às vezes podiam representar atletas vencedores dos Jogos, mas mesmo nesses casos não se pode dizer que eram verdadeiros retratos. As korai, por sua vez, adquirem uma feição bastante ornamental e dinâmica, mostradas em atitudes de dança ou oferenda, e sempre cobertas com ricas túnicas e complexos penteados.
A fase seguinte, conhecida como período severo (c.500-450 a.C.), se define por consistentes avanços na observação da natureza, refletida no rápido abandono da tipologia fixa e hierática do kouros e da kore. A arte adquiriu mais independência de funções religiosas e públicas, sendo praticada pelo seu próprio valor e pela beleza que revela.
Depois da derrota dos persas em 479 a.C. Atenas passou a exercer uma inconteste hegemonia cultural sobre toda a Grécia e deu-se a passagem para o período clássico (c. 450-323 a.C.). Com Péricles iniciou-se um grande programa de obras públicas e reconstrução da Acrópole, cuja direção foi confiada a Fídias, talvez o mais celebrado dos escultores gregos. Ele, junto com Míron e Policleto, foram os principais responsáveis pela formulação de um novo estilo de representação que unia de maneira admirável idealismo e naturalismo, transmitindo uma impressão de atemporalidade, equilíbrio, beleza e harmonia. O interesse pela representação anatômica fidedigna se tornou dominante. Também foi o estilo que mais duradoura influência exerceu ao longo da história da escultura do ocidente, tornando-se quase um sinônimo para "escultura grega". Pouco da produção clássica original sobreviveu, sendo particularmente dramático o desaparecimento de quase todos os bronzes, e a maior parte do que hoje se conhece são cópias romanas.
O período helenístico inicia com a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., e se estende até a dominação romana em 146 a.C. Foi um período de grande expansão para a arte grega, levada por Alexandre até a Ásia e norte da África, de onde recebeu várias influências. A escultura helenística é cosmopolita, muito mais variada do que a clássica, e em termos técnicos é mais refinada e virtuosística. Deu-se grande valor à História, mas, outros temas, como a morte, o sofrimento, o erotismo, o grotesco, a alegria despreocupada, a velhice, as deidades não-olímpicas, antes pouco exploradas, apareceram com frequência, ao mesmo tempo em que apareceram as primeiras representações verossímeis de fisionomias individuais, os primeiros retratos verdadeiros. Seu estilo geral é realista, tendendo a enfatizar o drama, o prosaico e o movimento. A escultura helenística foi a base da formação da escultura romana, com seus princípios essenciais permanecendo em vigor ainda por muitos séculos à frente.





























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